segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
"Miss Misery"
----------------------
"there's banging on the wall
it's 5 am i've no sleep at all
just thoughts of how i might
struggle through tomorow
too much time in one day
too much time to occupy
with boring thoughts
boring moods
boring bedtimes
won't tell a single soul
that my soul's gone
it's hard to write this song
it's all a joke
it's all been wrote down by
someone's that' probably dead
i might be leaving soon
i might be leaving soon
there's laughter from below
it's 1 am how could you have known
the thoughts of silence
that keep me from going
back to sleep at night
wish i could call someone i love
to stop thinking of myself
long look in the mirror,
just look so empty
you were right
i can't do this
i'm going crazy
it's fine by me
now you can see
how much i've become empty
i might be leaving soon
i might be leaving soon
i might be leaving soon
my dreams full of what's not real
i'll fly away and save the world
i'll make you proud someday
i just won't be around to see your face
my life is full of what's not here
i'll go away and save myself
i'll make you proud today
i just won't be around to see your face "
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
25 horas.
Após uma longa temporada fora, você voltou. Enfim em casa, foi o que parecia dizer. Sequer bateu na porta, simplesmente foi entrando e se acomodando. Sua chegada me chocou. Não era novidade alguma, toda vez que você vinha eu ficava assim, mas dessa vez foi mais intenso, senti um aperto maior no peito. Fiquei te observando sentada na sala, quieta, em silêncio, me olhando de forma única. O fato de você me observar com tanta propriedade fez com que minha agonia aumentasse. Foi então que você finalmente me cumprimentou. Pensava que sua voz já havia morrido, mas me enganei - ali estava ela frente a frente comigo outra vez. Logo perguntei como e por que você havia voltado, e a resposta veio em um sutil sussurro:
— Eu jamais estive fora.
Senti um aperto ainda maior, porque naquele momento percebi a verdade: você nunca foi embora.
— Como nunca foi? Eu não te via aqui, não te sentia aqui.
Como resposta ficou apenas o silêncio. Minhas pernas batiam o chão cada vez mais forte e rapidamente, enquanto o silêncio se tornava mais insuportável.
— Como?
Exatamente na hora em que você iria responder, a criança do quarto dos fundos começou a gritar. Gritava tão alto que não se ouvia nada além daquilo. Via-se que ela gritava para o adulto que passava por ali. Ele, no entanto, tentava continuar a sua caminhada normalmente, embora estivesse claro que não conseguia. Por mais que fingisse ignorá-la, aquele choro o incomodava.
Você se levantou e começou a andar por toda a casa. Dava para ver o brilho em seus olhos ao rever cada cômodo, cada mínimo detalhe reconstruído. Achava que a casa já não tinha mais espaço para você, mas eu estava errado, você se encaixava em qualquer lugar. De repente, você parou na minha frente e passou a mão em minha cabeça abaixada que acompanhava a simétrica do chão. Levantei a cabeça e mais uma vez te olhei nos olhos, dessa vez com dores ainda não passadas, dores e dúvidas, aquelas que me fazem perguntar se tudo vale a pena, se no futuro realmente valerão. E sem me dar uma resposta, você foi andando em direção a porta, parecia esboçar um sorriso no canto da boca. Abriu a porta e sumiu outra vez.
Fiquei estático olhando em direção à porta por horas. Então percebi que você é como as cicatrizes que tenho. Uma vez que me cortei, sempre terei aquela marca. Mesmo que não doa mais, que com tempo não tenha mais marca exposta em minha pele, o corte está ali, sempre esteve, sempre vai estar. Assim como você.