quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cansei da forma como se relacionam
Cansei de quando ficam alegres, tristes
Cansei da eterna busca de algo
Cansei da sutileza com que desrespeitam
Cansei dos sorrisos nos rostos por não enxergar nada
Cansei de não quererem enxergar nada
Cansei de quando fingem entender
Cansei de quando entendem e não mudam
Cansei de como mudam tão depressa
Cansei da negação de que tudo e todos são ridículos
Cansei do mecanismo "natural"
Cansei da forma como se acostumam rápido com o que é bom
Cansei de como sofrem exageradamente com o normal
Cansei de como anulam o pior por medo
Cansei dos seus medos
Cansei da forma que temem o novo
Cansei de como fingem viver, buscando auto-afirmação
Cansei de quando discutem fingindo que irão ouvir o outro
Cansei de como são bons só para se sentirem bem
Cansei de como são perfeitos
Cansei de como são cheio de defeitos
Cansei de como vivem em busca de utopias
Cansei de como sabem de tudo por experiência, ou por falta dela
Cansei da forma como estão todos vestindo rótulos
Cansei de como cultuam o desconhecido, mas ignoram a existência dele
Cansei de suas lamentações
Cansei dos capitalistas, socialistas, anarquistas
Cansei do fato de correrem tanto para chegar a lugar algum
Cansei dos que se acham injustiçados
Cansei dos que se dizem justos
Cansei da forma como carregam o passado no presente
Cansei de terem planos para o futuro
Cansei dos que dão certo
Cansei dos que deram errado
Cansei de como julgam
Cansei de como são cheios de si
Cansei dos pré-conceitos
Cansei dos pré-julgamentos
Cansei da leveza com que não ligam para o próximo
Cansei dos disfarces que criam para não enfrentarem a si mesmos
Cansei da família padrão
Cansei da família fora dos eixos
Cansei de como se desligam de tudo só pelo prazer
Cansei de como são movidos apenas por desejos
Cansei de quando não existe desejo
Cansei dos revolucionários
Cansei dos estagnados
Cansei de como se alimentam de esperança
Cansei de como não aguentam esperar
Cansei de quando esperam demais
Cansei de como são calmos, nervosos, ansiosos, tranquilos
Cansei da total falta de vontade
Cansei de como ignoram a existência do outro
Cansei de como cultuam a existência
Cansei dos que se julgam politizados
Cansei da forma como se refugiam se prendendo a um falso desprendimento
Cansei dos que se acham
Cansei dos que acham
Cansei de como debatem pontos de vista sem aceitar verdadeiramente o outro
Cansei de como são atentamente desatentos
Cansei dos que se preocupam demais
Cansei dos se preocupam de menos
Cansei de como temem a verdadeira verdade
Cansei da busca constante por aquilo que julgam ser verdadeiro para si mesmo
Cansei de como mentem para si mesmos com falsas relações
Cansei dos desesperos
Cansei de suas soluções
Cansei dos meios com que solucionam
Cansei do medo que sentem em se entregar a algo
Cansei de como disfarçam insegurança
Cansei dos seus limites
Cansei dos sem limites
Cansei de suas lágrimas
Cansei de suas gargalhadas
Cansei de suas imperfeições tão perfeitas
Cansei de quando são
Cansei mais que tudo isso, do fato de ser um deles
Cansei do fato de ser
Ser
Ser humano.

terça-feira, 28 de abril de 2009

"Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança. 
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação."

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Me atiro sem medo da queda
Ela será prazerosa
Ela vai ser confortante
Trará alivio e paz
Não verei tristeza, não verei maldade
Não verei mais nada

Os últimos momentos são bons
São lembranças de risadas amigas
Alguma fase concluída
São bons momentos.

A queda chega ao fim
Silêncio

segunda-feira, 13 de abril de 2009

teoria e prática na voz de um veterano ofegante

sexta-feira, 10 de abril de 2009

"Desperdiçando meus momentos procurando adaptação(e não criação). Matando meus prazeres hoje. Esperando por prazeres amanhã. Preso entre, memórias e antecipação. Tentando aprisionar momentos, eu esqueço de vivê-los. Memórias de repetição. NOSTALGIA.
Fetichismo por imagens, por gaiolas vazias de momentos não vividos. Planos, projetos, realizações. De um futuro condenado a ser uma repetição do passado. Momento a momento o tempo se arrasta. Tudo é perdido nada é criado.
Enforcado por esta corda de tempo linear, eu quero minha vida de volta! Não repetições, mas situações. Não ter tempo, mas viver o tempo. Me entregar aos momentos como em um orgasmo. Tomar o passado dos organizadores, fazer do futuro uma extensão do meu presente. Nada existe a não ser o agora! Arrebentarei suas amarras de tempo linear!"

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nasci na sintonia errada.
Vim com outra frequência.
Eu navego em ondas tortas e as vezes caio em algumas ondas "certas".
Quando caio nelas, dói me adaptar a sintonia dela, a frequência dela, mas me adapto. 
Depois disso sofro com a mudança de voltar para minha sintonia e perceber que ela é assim.
Sofro com o fato de ver que aquela, só minha é toda assim, estranha, errada, e todas outras palavras legais que possam dar essa ideia.
As vezes parece que irei me adaptar bem a uma sintonia nova.
Mas é uma ilusão, deve ser a minha parte fazendo efeito nela.
As vezes queria apenas ficar na minha frequência, aquela toda errada e cheia de chiados, mas só eu. Só eu e meus chiados, sem ser forçado a ouvir o canto limpo de vizinhos ou coisa parecida. Isso é possível, mas bem, força nunca foi o forte das ondas que navego, devo navegar em marolas, que viram tormentas com qualquer correnteza, até mesmo as que parecem boas.
Meus tímpanos estouram com meus chiados, não ouço mais nada.
Mas ainda assim entendo, entendo, entendo, entendo. 
E cada vez menos entendo, porque nasci nessa frequência errada, porque fico nessa outra sintonia. 

segunda-feira, 6 de abril de 2009

In pitch dark I go walking in Your landscape
Broken branches Trip me as I speak 
Just 'cause you feel it 
Doesn't mean it's there
Just 'cause you feel it 
Doesn't mean it´s there...

domingo, 5 de abril de 2009

When i drive alone at night
I see the streetlights as fairgrounds
And i tried a hundred times
To see the road signs as day-glow

Old songs, stay to the end
Sad songs, remind me of friends
And the way it is, i could leave it all
And i ask myself, would you care at all